A política nos limites do juízo meramente reflexionante: Arendt, leitora de Kant
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i37p161-175Palavras-chave:
Juízo político, espectador, reflexão, ArendtResumo
Comentadores frequentemente apontaram um conflito entre a concepção tardia de Arendt acerca do juízo como uma capacidade espiritual e sua concepção inicial, segundo a qual o juízo político estaria vinculado à ação. Haveria, pois, uma contradição entre o ponto de vista do espectador, assumido na concepção tardia, e ponto de vista do ator, que caracteriza a concepção inicial. Neste artigo, procuro mostrar que a origem de tal inconsistência reside no fato de que, desde seus comentários à filosofia kantiana da década de 1950, Arendt separava de maneira estrita juízos determinantes e juízos reflexionantes e, baseando-me em comentários recentes, apresento a possibilidade de uma leitura alternativa da filosofia kantiana que privilegia a unidade do sistema crítico.
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