A perfectibilidade segundo Rousseau

Autores

  • Mauro Dela Bandera Arco Júnior Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i34p132-142

Palavras-chave:

Rousseau, Perfectibilidade, Humanidade, Animalidade

Resumo

O homem do puro estado de natureza começa sua existência “por funções puramente animais”. De fato, o esforço de Rousseau na primeira parte do Discurso sobre a desigualdade consiste em quase “animalizar” o ser humano, tornando-o incapaz de realizar certos tipos de operações que o homem social ou socializado (dotado de um aparelho mental já desenvolvido) pode efetuar. No entanto, apesar de animalizado, o homem conserva sua dignidade própria e sua natureza exclusiva. O autor jamais reduz o comportamento humano ao animal. O objetivo do presente artigo é investigar o caráter desta natureza exclusiva e mostrar que, ao contrário do que sustentam alguns intérpretes, a perfectibilidade (signo de distinção humano) já atua no puro estado de natureza. Nesse sentido, não podemos encará-la como uma simples virtualidade nem como uma faculdade em potência.

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Publicado

2019-06-25

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Arco Júnior, M. D. B. (2019). A perfectibilidade segundo Rousseau. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(34), 132-142. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i34p132-142