Cerambibicídeos Neotrópicos. II – Sobre a posição sistemática de alguns

Abstract

Visa o presente trabalho, principalmente, colocar em posição sistemática mais adequada alguns Ceramhycidae, sobre os quais perduram duvidas, mesmo no que diz respeito a sua colocação em família, não havendo, ate o presente, acordo entre os diversos entomologistas interessa[1]dos em esclarecer as questões aqui levantadas. Não parece muito lógico incluir, forçadamente, espécies divergentes ou, como diziam os antigos tratadistas, "aberrantes", em grupos onde a sua permanência quebra a homogeneidade existente. Este o motivo de algumas sub[1]famílias novas aqui erigidas para acomodar espécies de difícil disposição. Sem pretender ter esgotado o assunto, fica ele aberto a discussão dos especialistas. O critério aqui adotado, de estabelecer subfamílias em vez de tribos, talvez tenha que ser modificado futuramente, mas o certo e que a tendência em considerar Priomdae, Ceramhycidae e La miidae na categoria de famílias, e não simplesmente como subfamílias de Ceramhycidae em senso mais lato, parece ganhar terreno e, assim sendo, as antigas tribos terão forçosamente que ser reagrupadas em subfamílias. Infelizmente, as coleções latino-americanas são, na maior parte das vezes, de representação meramente local e pobres em espécies exóticas, o que dificulta ou impossibilita uma divisão de conjunto. Resta aos que não podem superar a dificuldade apontada acima, lançar mão do expediente provisório de elevar as antigas tribos a categoria de subfamília, seguindo o critério de Bates, ate que estudos de maior âmbito permitam escalonar os diversos grupos segundo a maior ou menor importância dos seus caracteres filogenéticos. Para o aproveitamento de clichês, conserve o piano original deste trabalho, elaborado há já vários anos, incluindo nele figuras e redescrições de varias espécies de Torneutinae descritas em nota previa em 1939.