O BÓCIO ENDÊMICO NO ESTADO DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v20i2p167-181Resumo
De acôrdo com o conceito estabelecido pela Organização Mundial da Saúde pode-se concluir que o Estado de São Paulo ainda é área de bócio endêmico, a despeito do programa de iodatação do sal ter sido iniciado há 7 anos. A Lei n.0 1944, de 1953, prevê um enriquecimento de iôdo de modo a se obter uma concentração final de 1 : 100.000 partes. Foram examinados 57.849 escolares de ambos os sexos, de 154 cidades do Estado de São Paulo. 93,8% das cidades apresentaram prevalência de bócio acima de 10%. Além do inquérito clínico geral voltamos, dois anos mais tarde, a 19 cidades onde reexaminamos 3.602 escolares. A prevalência de bócio não foi alterada nesse espaço de tempo. O bócio foi mais freqüente na zona rural, do que na Capital do Estado e a maior prevalência foi encontrada entre os escolares negros; os escolares de origem japonêsa apresentaram a mais baixa taxa de hipertrofia da tireóide. Examinando os parentes dos escolares com e sem bócio, concluímos que a incidência do bócio obedece à certa tendência familiar. Considerando-se a quantidade de iôdo prevista pela lei e o tempo em que esta vem sendo aplicada, concluímos que a redução do bócio no Estado de São Paulo não foi satisfatória. Os resultados obtidos sugeriram a determinação complementar do iôdo contido no sal e nas águas de abastecimento, assim como a determinação da excreção urinária de iôdo nesses escolares. Os resultados dessas pesquisas serão apresentados em próximo trabalho.Downloads
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Publicado
1966-12-28
Edição
Seção
Não Definida
Como Citar
Gandra, Y. R. (1966). O BÓCIO ENDÊMICO NO ESTADO DE SÃO PAULO. Arquivos Da Faculdade De Higiene E Saúde Pública Da Universidade De São Paulo, 20(2), 167-181. https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v20i2p167-181