INQUÉRITO SÔBRE O ESTADO DE NUTRIÇÃO DE UM GRUPO DA POPULAÇÃO DA CIDADE SÃO PAULO. V- Resultados das dosagens de proteínas totais, fosfatase e hemoglobina, das contagens de eritrócitos e dos exames de fezes. Alguns sinais clínicos gerais de desnutrição
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v10i1-2p113-126Resumo
Foi estudada uma coletividade composta de 4208 indivíduos que acompanhavam pessoas doentes ou sãs aos serviços dos Centros ele Saúde da Capital de São Paulo. Em trabalhos anteriormente publicados foram dados os resultados dos exames clínicos e bioquímicos no que se refere à deficiência de vitamina A, de vitaminas elo complexo B c ele ácido ascórbico. O presente trabalho relata o que foi encontrado nesta mesma coletividade relativamente às dosagens de proteínas totais, fosfatase e hemoglobina, às contagens de hemácias e aos exames de fezes. Os resultados da pesquisa de alguns sinais gerais de desnutrição, são também apresentados. Depois de discutirmos o valor relativo da dosagem de proteínas totais apresentamos no Quadro XLII os nossos resultados. 4,60% apenas dos examinados apresentaram concentrações inferiores a 6,0 g de proteína por 100 ml de sangue. Obtivemos média igual a 7,49 g%, com desvio padrão de S = 0,8859 e êrro padrão da média de 0,0414. Não foi encontrada maior incidência de edemas nos indivíduos com taxas baixas de proteínas que naqueles com concentrações julgadas satisfatórias. Foi colhido sangue, para a dosagem ele fosfatase alcalina de 457 indivíduos de nossa amostra e os resultados encontram-se no Quadro XLIII. Foi usado o método de King e Armstrong. Êstes resultados apresentaram média igual a 6,27 e S = 2,7297. Apenas 2,41% dos examinados apresentaram resultados considerados altos. Foram feitas contagens dos eritrócitos e dosagens de hemoglobina e os:sultaclos encontram-se nos Quadros XLIV e XLV respectivamente. A média das contagens ele células vermelhas foi de 4.512.209 hemácias por mm3 c a de hemoglobina 12,66 gramas por cento; são portanto valores médios que se acham dentro dos limites normais. Calculando a quantidade de hemoglobina média das hemácias obtivemos o valor médio igual a 28,04 yy ( micromicrogramas) por hemácia.50,15% é de nossa coletividade apresentaram valores compreendidos entre 27 e 33%. Procurando relacionar a ocorrência do sinal palidez das mucosas com a de taxas baixas de hemoglobina não obtivemos relação alguma entre êstes dois dados. Calculando a probabilidade P vimos que um indivíduo que apresente ao exame clínico palidez das mucosas tem 53,43% de probabilidade ele vir a ter taxas de hemoglobina consideradas baixas. Como vemos, o valor da probabilidade foi muito próximo ao valor nulo de 50%. Isto nos levou a concluir pela impropriedade daquele sinal na avaliação, mesmo que aproximada, da taxa sangüínea de hemoglobina. Complementarmente foram feitos exames de fezes de 1269 indivíduos de nossa amostra. Pelo processo empregado e por se ter examinado amostras únicas os rsultados dêstes exames, apresentados no Quadro XL VIII estão sujeitos à restrições impostas pelas condições do exame em questão. Alguns sinais gerais, inespecíficos cujos resultados da pesquisa não foram relatados em trabalho anterior, foram aqui incluídos. 15,56' é dos examinados apresentaram escápula alata e 7,85% possuíam telangicctasia. O tecido celular subcutâneo, pela técnica que usamos foi considerado aumentado em 21,60% dos casos c diminuído em 35,85%.Downloads
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Publicado
1956-12-01
Edição
Seção
Não Definida
Como Citar
Gandra, Y. R. (1956). INQUÉRITO SÔBRE O ESTADO DE NUTRIÇÃO DE UM GRUPO DA POPULAÇÃO DA CIDADE SÃO PAULO. V- Resultados das dosagens de proteínas totais, fosfatase e hemoglobina, das contagens de eritrócitos e dos exames de fezes. Alguns sinais clínicos gerais de desnutrição. Arquivos Da Faculdade De Higiene E Saúde Pública Da Universidade De São Paulo, 10(1-2), 113-126. https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v10i1-2p113-126