Do gramofone ao live streaming: a evolução dos modos de escutar música - algumas implicações

Autores

  • Rafael Alexandre da Silva Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2015.107706

Palavras-chave:

música, escuta, sociedade, tecnologia musical, educação musical

Resumo

Ouvir música sempre foi, desde os primórdios da humanidade, uma atividade essencialmente coletiva; indivíduos que ocupam um mesmo ambiente onde se tenha música sendo executada compartilham dessa experiência essencialmente acústica que é a arte musical. Com o advento dos meios de gravação e reprodução fonográfica, como o gramofone, a figura do intérprete foi virtualizada, uma vez que a presença real, ao vivo, de alguém tocando era dispensável devido á possibilidade de se ouvirem os sons previamente gravados através de um aparelho que capaz de reproduzi-los. A tecnologia foi avançando e, com o advento do chip, os aparelhos começaram a se tornar cada vez mais portáteis, até que na década de 1970, quando no Japão foi inventado o walkman, o modo de se ouvir música coletivamente se espalhou pelo mundo em escala industrial. Hoje em dia, com o acesso à internet, a circulação de informações muito mais veloz e aparelhos capazes de armazenar muito mais informação num pequeno espaço, ouvir música individualmente se tornou um hábito. Sendo assim, considerar, do ponto de vista pedagógico, esse acesso facilitado à música em qualquer lugar deve servir de base para a escolha de saberes, conteúdos e abordagens pedagógicas, numa proposta de educação musical em ambiente formal, uma vez que, para que haja um processo de ensino-aprendizagem significativo, é necessário dialogar com aqueles saberes prévios que o educando já traz consigo no dia a dia, de modo que ele desenvolva senso crítico em relação ao próprio gosto, numa vivência musical ampliada e enriquecida.

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Publicado

2015-11-24

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Do gramofone ao live streaming: a evolução dos modos de escutar música - algumas implicações. (2015). Revista Da Tulha, 1(1), 251-263. https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2015.107706