Angústia hipocondríaca e o eterno retorno do presente: considerações a partir do filme Sinédoque, New York

Autores

  • Thaís Klein Universidade Federal do Rio de Janeiro; Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica
  • Regina Herzog Universidade Federal do Rio de Janeiro; Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica

DOI:

https://doi.org/10.1590/0103-656420150102

Palavras-chave:

angústia, hipocondria, psicanálise e cinema

Resumo

A partir de questionamentos levantados pelo filme Sinédoque, New York (2008), pretende-se discutir a articulação da angústia hipocondríaca com a temporalidade. Observa-se que no filme o recurso do flashback não é utilizado; a temporalidade, que se instaura diante da angústia relacionada a sintomas hipocondríacos do personagem, calca-se em um presente absoluto. A hipocondria foi considerada por Freud uma neurose atual e a angústia a ela articulada opera como a contrapartida afetiva do encontro com o desamparo gerado pelo desfacelamento da imagem corporal. Estamos, portanto, diante da face traumática desse afeto que torna a ser discutido no contexto das neuroses traumáticas e mediante o conceito de angústia automática em 1926. A partir de então, a questão da atualidade dos sintomas, já indicada nas neuroses atuais, ganha um novo sentido: trata-se de uma problemática que não pôde ser representada e, por isso, insiste, instaurando eterno retorno do presente.

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Publicado

2017-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Angústia hipocondríaca e o eterno retorno do presente: considerações a partir do filme Sinédoque, New York. (2017). Psicologia USP, 28(2), 247-255. https://doi.org/10.1590/0103-656420150102