O hospício e a cidade: novas possibilidades de circulação do louco

Autores

  • Audrey Rossi Weyler Universidade Ibirapuera

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1616.v12i13p381-395

Palavras-chave:

Reforma psiquiátrica, Desenraizamento, Circulação, Intermediário

Resumo

Este artigo, fruto de uma pesquisa de mestrado, tem como objetivo realizar uma análise crítica sobre a construção das passagens do manicômio para as residências terapêuticas, atentando para as possibilidades e impossibilidades de deslocamentos do “louco” pelos espaços da cidade. Durante oito meses, com apoio no referencial teórico de Kaës, Bleger e Pichon-Rivière, foram realizadas semanalmente observações participantes de duas residências, no município de Campinas, no interior de São Paulo. Algumas questões nortearam a pesquisa: como dar conta da passagem do hospício para as residências de modo que o indivíduo não fique ocupando o mesmo lugar instituído do “doente” e do “louco”? O desafio colocado, no cotidiano das residências terapêuticas, refere-se, entre outras coisas, à construção de diferentes espaços de circulação para o louco ou para a loucura na vida da cidade. Trata-se aqui da possibilidade de construção de novas formações intermediárias que assegurariam a continuidade e a articulação psíquica entre os expacientes psiquiátricos e os outros habitantes da cidade, com os diferentes códigos e valores culturais e sociais.

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Publicado

2006-12-01

Edição

Seção

nao definida