excessos em deslocamento: excesos en desplazamiento

Autores

  • Ana Lúcia Mandelli de Marsillac Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Edson Luiz André de Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1616.v12i13p305-322

Palavras-chave:

Psicanálise, Deslocamento, Corpo, Imagem, Excesso

Resumo

Entendendo a importância do deslocamento, redesenhando nossa relação a um tempo e espaço; neste artigo, buscamos refletir sobre a intrincada relação entre corpo, imagem, excesso e deslocamento. Veremos, nas imagens que discutiremos neste artigo, duas lógicas de deslocamento. Através do referencial psicanalítico, refletimos sobre o potencial de abertura/alienação, deslocamento/imobilismo do sujeito frente a estas imagens. Primeiramente, através da obra: “A lição de anatomia do Doutor Nicolaes Tulp” do artista Rembrandt, analisamos a imagem alegórica do corpo, uma vez que a alegoria barroca coloca em cena um excesso, a riqueza do desperdício, a multiplicidade de sentidos em contradição com a pureza e a unidade de significação. Em um segundo momento, analisamos o trabalho de plastinação dos corpos, de autoria do médico anatomista Gunter Von Hagens, onde verificamos uma aposta na superação dos limites e na perfeição da forma, excessos peculiares à lógica contemporânea. O corpo, visto por Gunter Von Hagens, é um corpo da estagnação/imobilismo; enquanto o corpo, visto por Rembrandt, é um corpo de contato/deslocamento, confrontandonos, desta forma, à multiplicidade de sentidos, provocando uma abertura no ser e, portanto uma condição efetiva e enriquecedora de deslocamento.

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Publicado

2006-12-01

Edição

Seção

nao definida