Análise sobre a percepção de policiais militares sobre o conforto do colete balístico
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/16629324022017Palavras-chave:
Polícia, Saúde do Trabalhador, Dor Lombar, Promoção da Saúde, Prevenção de AcidentesResumo
O policial militar é submetido a condições fatigantes em seu turno de trabalho, que podem comprometer a qualidade de sua vida, saúde e bem-estar físico e psicológico. Apesar desses fatores, pouca atenção é dada aos riscos ocupacionais dessa profissão. Este estudo teve como objetivo dar uma maior ênfase à promoção de saúde e prevenção de doenças do policial militar e avaliar o conforto desses profissionais em relação ao colete balístico e suas possíveis associações com quadros de fadiga e de dor. A pesquisa foi realizada a partir de um questionário estruturado com questões relacionadas ao conforto em relação ao uso do colete balístico, à dor e à fadiga no fim do turno de trabalho. A amostra foi composta de 29 policiais militares do sexo masculino. Os resultados mostraram associação entre o grau de desconforto geral e nas atividades ocupacionais e o peso do colete (correlação de Spearman igual a 0,697 e 0,7091, respectivamente). Houve queixas relacionadas à dor na região lombar e fadiga no fim do turno de trabalho. Os policiais militares demonstraram insatisfação em relação ao conforto com o colete balístico e queixas de fadiga e dor.Downloads
Referências
Ferreira DKS, Bonfim C, Augusto LGS. Fatores associados
ao estilo de vida de policiais militares. Cienc Saude Colet.
;16(8):3403-12. doi: 10.1590/S1413-81232011000900007.
Spode CB, Merlo ARC. Trabalho policial e saúde mental:
uma pesquisa junto aos Capitães da Polícia Militar.
Psicol Reflex Crit. 2006;19(3):362-70. doi: 10.1590/
S0102-79722006000300004.
Jesus GM, Jesus EFA. Nível de atividade física e barreiras
percebidas para a prática de atividades físicas entre policiais
militares. Rev Bras Ciênc Esporte. 2012;34(2):433-48. doi:
1590/S0101-32892012000200013.
Derenusson FC, Jablonski B. Sob fogo cruzado: o impacto do
trabalho policial militar sobre a família do policial. Aletheia.
;32:22-37.
Strating, M, Bakker RH, Dijkstra GJ, Lemmink KAPM, Groothoff
JW. A job-related fitness test for the Dutch police. Occup Med.
;60(4);255-60. doi: 10.1093/occmed/kqq060.
Rodriguez Añez CR. Sistema de avaliação para a promoção
e gestão do estilo de vida saudável e da aptidão física
relacionada à saúde de policiais militares [tese]. Florianópolis:
Universidade Federal de Santa Catarina; 2003.
Neto AT, Faleiro TB, Moreira FD, Jambeiro JS, Schulz RS.
Lombalgia na atividade policial militar: análise da prevalência,
repercussões laborativas e custo indireto. Rev Baiana Saúde
Públ. 2013;37(2):365-74.
Minayo MCS, Adorno S. Risco e (in)segurança na missão
policial. Cienc. Saude Colet. 2013;18(3):585-93. doi: 10.1590/
S1413-81232013000300002.
Morais LLP, Paula APP. Identificação ou resistência? Uma
análise da constituição subjetiva do policial. Rev Adm
Contemp. 2010;14(4): 633-50.
Schneider MJ, Brach J, Irrgang JJ, Abbott KV, Wisniewski SR,
Delitto A. Mechanical vs manual manipulation for low back
pain: an observational cohort study. J Manipulative Physiol
Ther. 2010;33(3):193-200. doi: 10.1016/j.jmpt.2010.01.010.
Ganzalez GZ, Costa LCM, Garcia AN, Shiwa SR, Amorim CF,
Costa LOP. Reproducibility and construct validity of three noninvasive instruments for assessing the trunk range of motion in
patients with low back pain. Fisioter Pesqui. 2014[citado em 18
out 2016];21(4):365-71. Disponível em: http://bit.ly/2r2taEk.
Horng YS, Hwang YH, Wu HC, Liang GHW, Jang Y, Twu FC,
et al. Predicting health-related quality of life in patients with
low-back pain. Spine. 2005;30(5):551-5.
Fisioter Pesqui. 2017;24(2):157-162
Chou R, Qaseem A, Snow V, Casey D, Cross JT Jr,
Shekelle P, et al. Diagnosis and treatment of low back pain:
a joint clinical practice guideline from the American College
of Physicians and the American Pain Society. Ann Intern Med.
;147(7):478-91.
Klaumann PR, Wouk, AFPF, Sillas, T. Patofisiologia da dor.
Arch Vet Sci. 2008;13(1):1-12. doi: 10.5380/avs.v13i1.11532.
Reineh FB, Carpes FP, Mota CB. Influência do treinamento
de estabilização central sobre a dor e estabilidade lombar.
Fisioter Mov. 2008;21(1):123-9.
França VL, Koerich MHAL, Nunes GS. Sleep quality in patients
with chronic low back pain. Fisioter Mov. 2015;28(4):803-10.
doi: 10.3233/BMR-140537.
Ebenbichler GR, Oddsson LIE, Kollmitzer J, Erim Z.
Sensory-motor control of the lower back: implications for
rehabilitation. Med Sci Sports Exerc. 2001;33(11):1889-98. doi:
1097/00005768-200111000-00014.
Tomé F, Ferreira CB, Cornelli RJB, Carvalho, ARC.
Lombalgia crônica: comparação entre duas intervenções
na força inspiratória e capacidade funcional. Fisioter Mov.
;25(2):263-72.
Fraga M, Pinheiro JP, Costa JS, Ramos S, Pedro L. Dor lombar
crónica e fadiga: um estudo clínico na população portuguesa.
Rev Soc Portuguesa Med Fís Reabil. 2016;28(2):15-9.
Vasconcelos SP, Fischer F M, Reis AOA, Moreno, CRC. Fatores
associados à capacidade para o trabalho e percepção de
fadiga em trabalhadores de enfermagem da Amazônia
ocidental. Rev Bras Epidemiol. 2011;14(4):688-97. doi:
1590/S1415-790X2011000400015.
Mota DDCF, Pimenta CAM. Self-report instruments for
fatigue assessment: a systematic review. Res Theory Nurs
Pract. 2006;20(1):49-78. doi: 10.1891/rtnp.20.1.49.
Silva MB, Vieira SB. O processo de trabalho do militar
estadual e a saúde mental. Saude Soc. 2008;17(4):161-70. doi:
1590/S0104-12902008000400016.
Sales LJM, Sá LD. A condição do policial militar em
atendimento clínico: uma análise das narrativas sobre
adoecimento, sofrimento e medo no contexto profissional.
Repocs. 2016;13(25):181-206. doi: 10.18764/2236-9473.
v13n25p181-206.
Farias MD, Araujo TM. Transtornos mentais comuns entre
trabalhadores da zona urbana de Feira de Santana-BA.
Rev Bras Saúde Ocup. 2011;36(123):25-39. doi: 10.1590/
S0303-76572011000100004.
Roffey DM, Wai EK, Bishop P, Kwon BK, Dagenais S. Causal
assessment of awkward occupational postures and low back
pain: results of a systematic review. Spine J. 2010;10(1):89-99.
doi: 10.1016/j.spinee.2009.09.003.
Engels JA, Van der Gulden JWJ, Senden TF, Van’t Hof B.
Work related risk factors for musculoskeletal complaints
in the nursing profession: results of a questionnaire survey.
Occup Environ Med. 1996;53(9):636-41.
Yip YB, Ho SC, Chan SG. Identifying risk factors for low back
pain (LBP) in Chinese middle-aged women: a case-control
study. J Health Care Women Int. 2004;25:358-69. doi:
1080/07399330490278367.
Punnett L, Prüss-Ütün A, Nelson DI, Fingerhut MA,
Leigh J, Tak SW. Estimating the global burden of low back
pain attributable to combined occupational exposures. Am J
Ind Med. 2005;48(6):459-69. doi: 10.1002/ajim.20232
Anchieta VCC, Galinkin AL, Mendes AMB, Neiva ER.
Trabalho e riscos de adoecimento: um estudo entre policiais
civis. Psic Teor Pesqui. 2011;27(2):1988-208. doi: 10.1590/
S0102-37722011000200007.
Souza ER, Franco LG, Meireles CC, Ferreira VT, Santos NC.
Sofrimento psíquico entre policiais civis: uma análise sob a
ótica de gênero. Cad Saúde Pública. 2007;23(1):105-14. doi:
1590/S0102-311X2007000100012.
Rocha ALS. Análise ergonômica do colete de proteção
balístico utilizado pela polícia militar do estado de São Paulo.
Guarujá: Unaerp; 2009. [acesso em 15 out 2015]. Disponível
Iida I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Blucher; 2005.
US Department of Justice. NIJ Standard 0101.06: Ballistic
resistance of body armor. 2008.
Vasconcelos IC, Porto LGC. Análise ergonômica do colete à
prova de balas para atividades policiais. In: Paschoarelli LC,
Menezes MS, organizadores. Design e ergonomia: aspectos
tecnológicos. São Paulo: Cultura Acadêmica; 2009.
Santos MIMP, Alves HA, Melo FCL, Morais PR, Ribeiro W.
Anthropometry as a tool in the design of personal shield. Rev
Bras Biom/ Biomet Bras J. 2011;29(2):307-24.
Achim AC. Ergo-policing. Improving safety and ergonomic
requirements of human resources involved in police duties.
Procedia Soc Behav Sci. 2014;124:20-6. doi: 10.1016/j.
sbspro.2014.02.455.
Minayo MCS, Assis SG, Oliveira RVC. Impacto das
atividades profissionais na saúde física e mental dos
policiais civis e militares do Rio de Janeiro (RJ, Brasil).
Ver Cienc Saude Colet. 2011;16(19):2199-209. doi: 10.1590/
S1413-81232011000400019.
Gyi DE, Porter JM. Musculoskeletal problems and driving in
Police officers. Occup Med. 1998;48(3):153-60.
Murray CJL, Phil D, Lopez AD. Measuring the global burden of
disease. N Engl J Med. 2013;369(5):448-57.
Campbell P, Wynne-Jones G, Muller S, Dunn KM. The influence of
employment social support for risk and prognosis in nonspecific
back pain: review and critical synthesis. Int Arch Occup Environ
Health. 2013;86(2):119-37. doi: 10.1007/s00420-012-0804-2.
Oliveira JRS, Viganó MG, Lunardelli MCF, Canêo LC,
Goulart Junior E. Fadiga no trabalho: como o psicólogo
pode atuar? Psicol. Estud. 2010;15(3):633-8. doi: 10.1590/
S1413-73722010000300021.
Salvetti MG, Pimenta CAM, Braga PE, McGillion M. Prevalência
de fadiga e fatores relacionados em pacientes com dor
lombar crônica. Rev Latino-Am Enfermagem. 2013;21(spe):12-
doi: 10.1590/S0104-11692013000700003.
Rubin DI. Epidemiology and risk factors for spine pain. Neurol
Clin. 2007;25(2):353-71. doi: 10.1016/j.ncl.2007.01.004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Fisioterapia e Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.