Crítica da esquerda, crítica da razão – uma visão de conjunto sobre o pensamento de Horkheimer nos anos 1940

Autores

  • Luiz Sérgio Repa Universidade de São Paulo/CEBRAP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i2p93-109

Palavras-chave:

esquerda, razão, Teoria Crítica, capitalismo de Estado, dominação, Esclarecimento

Resumo

Para delinear uma visão de conjunto sobre o pensamento de Horkheimer nos 1940, procura-se defender duas teses: primeiramente, trata-se de apoiar a ideia de que a crítica da razão, que marca esse período, se deve em última instância a uma crítica endereçada à esquerda, que Horkheimer desenvolve no ensaio “Estado autoritário”. A segunda tese afirma, por sua vez, que a crítica da razão aponta para dois caminhos diferentes na obra de Horkheimer, traçados em dois livros quase simultâneos: Dialética do esclarecimento, em parceira com Th. W. Adorno, e Eclipse da razão. A primeira obra representa uma via que pode ser chamada de “nietzschiana”, caracterizada pela identidade entre razão e dominação. A segunda obra, por sua vez, mostra uma via “kantiana”, a qual deve lidar na modernidade com o conflito entre a razão subjetiva e a razão objetiva.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Abromeit, J. (2011). Max Horkheimer and the Foundations of the Frankfurt School. Cambridge: Cambridge University Press.

Dubiel, H. (1978). Wissenschaftsorganisation und politische Erfahrung. Studien zur frühen Kritischen Theorie. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

Genel, K. (2013). Autorité et emancipation – Horkheimer et la Théorie Critique. Paris: Payot.

Habermas, J. (1987). Theorie des kommunikativen Handelns. Band I. Handlungsrationalität unde gesellschaftliche Rationalisierung. Frankfurt am Main: Suhrkamp.

____________. (2000). O discurso filosófico da modernidade. Tradução de Luiz Repa e Rodnei do Nascimento. São Paulo: Martins Fontes.

____________. (2015). “Max Horkheimer: sobre a história do desenvolvimento de sua obra”. In: Textos e contextos. Tradução de Antonio Ianni Segatto. São Paulo: Unesp.

Horkheimer, M., Adorno, T. (1947). Dialektik der Aufklärung. Philosophische Fragmente. In: Gesammelte Schriften. Vol. 5. Frankfurt am Main: Fischer, 1987.

Horkheimer, M. (1931). “Die gegenwärtige Lage der Sozialphilosophie und die Aufgaben eines Instituts für Sozialforschung”. In: Gesammelte Schriften. Vol. III. Frankfurt am Main: Fischer, 1988.

____________. (1936a). “Autorität und Familie”. In: Gesammelte Schriften. Vol. III. Frankfurt am Main: Fischer, 1988.

____________. (1936b). Egoismus und Freiheitsbewegung. Zur Anthropologie des bürgerlichen Zeitalters. Zeitschrift für Sozialforschung, 5, caderno 2. Reimpressão pela Deutscher Taschenbuch Verlag, 1980.

____________. (1937). Traditionelle und kritische Theorie. Zeitschrift für Sozialforschung. 6, caderno 2. Reimpressão pela Deutscher Taschenbuch Verlag, 1980.

____________. (1938). Montaigne und die Funktion der Skepsis. Zeitschrift für Sozialforschung. VII, caderno 1/2.

____________. (1939). Die Juden und Europa. Studies in Philosophy and Social Science, 8, caderno 1. Reimpressão pela Deutscher Taschenbuch Verlag, 1980.

____________. (1940). “Autoritärer Staat”. In: Gesammelte Schriften. Vol. V. Frankfurt am Main: Fischer, 1987.

____________. (1941a). The End of Reason. Studies in Philosophy and Social Sciences. 9(3). Versão alemã (1942): “Vernunft und Selbserhaltung”. In: Gesammelte Schriften. Vol 5. Frankfurt am Main: Fischer, 1987.

____________. (1941b). Preface. Studies in Philosophy and Social Sciences, 9, (2). Reimpressão pela Deutscher Taschenbuch Verlag, 1980.

____________. (1943). “On the Sociology of Class Relations”. In: nonsite.org, 18, janeiro de 2016.

____________. (1947). Eclipse of Reason. London: The Continuum, 2004.

____________. (2008). A life in letters. Selected Correspondence. Lincoln/Londres: University of Nebraska Press.

Jay, M. (2008). A imaginação dialética. História da Escola de Frankfurt e do Instituto de Pesquisas Sociais – 1923-1950. Rio de Janeiro: Contraponto.

Marramao, G. (1975). Political Economy and Critical Theory. Telos, 24, pp.56-80.

Marin, I., Nobre, M. (2012). Uma nova antropologia. Unidade crítica e arranjo interdisciplinar na Dialética do Esclarecimento. Cadernos de filosofia alemã, 20, pp.101-122.

Nobre, M. (1996). “Lukács e o materialismo interdisciplinar”. In: Antunes, R., Rego, W. L. (orgs.). Lukács – um Galileu no século XX. São Paulo: Boitempo.

__________. (1998). A dialética negativa de Theodor W. Adorno. A ontologia do estado falso. São Paulo: Iluminuras.

__________. (2008). “Max Horkheimer: A Teoria Crítica entre o nazismo e o capitalismo tardio”. In: Nobre, M. (org.). Curso livre de Teoria Crítica. Campinas: Papirus.

Petry, F. B. (2013). O conceito de razão nos escritos de Max Horkheimer. Cadernos de filosofia alemã, 22, pp.31-48.

Pollock, F. (1941). State Capitalism: its Possibilities and Limitations. Studies in Philosophy and Social Sciences, IX (2).

Postone, M., Brick, B. (1993). “Critical Theory and Political Economy”. In: Benhabib, S., Bonss, W., McCole, J. (orgs.) On Max Horkheimer. New Perspectives. Cambridge, Londres: The MIT Press.

Rosa, L. (2011). “Questões de organização da social-democracia russa”. In: Loureiro, I. (org.). Rosa Luxemburgo – textos escolhidos. Vol. I. São Paulo: Unesp.

Rugitsky, F. (2008). “Friedrich Pollock: limites e possibilidades”. In: Nobre, M. (org.). Curso livre de Teoria Crítica. Campinas: Papirus.

Stirk, P. (1992). Max Horkheimer: a new Interpretation. Hemel Hempstead/Lanham: Harvester Wheatsheaf/Barnes & Noble Books.

Schmidt, J. (2007). The Eclipse of Reason and the End of the Frankfurt School in America. New German Critique, 100, pp.47-76.

Wiggershaus, R. (1994). The Frankfurt School: Its History, Theories, and Political Significance Studies in Contemporary German Social Thought. Cambridge: The MIT Press.

Downloads

Publicado

2017-10-04

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Crítica da esquerda, crítica da razão – uma visão de conjunto sobre o pensamento de Horkheimer nos anos 1940. (2017). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 22(2), 93-109. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i2p93-109