Vestindo o jaleco: reflexões sobre a subjetividade e a posição do etnógrafo em ambiente médico

Autores

  • Lilian Krakowski Chazan Universidade Estadual do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v13i13p%25p

Palavras-chave:

pesquisa qualitativa, etnografia, observação participante, identidade do pesquisador, subjetividades.

Resumo

A autora discute questões surgidas no decorrer do trabalho de campo, parte da tese de doutorado, cuja temática consiste na construção do feto como Pessoa, mediada pela tecnologia de imagem. Foram observadas ultrassonografias obstétricas em clínicas do Rio de Janeiro, RJ, e neste texto é problematizado o fato de buscar um olhar antropológico em ambiente médico, sendo ela própria médica. O pedido de que vestisse o jaleco em duas clínicas gerou questões acerca da identidade da observadora, como médica e como antropóloga. Discute-se como esta dupla inserção opera no decorrer da pesquisa, em relação aos atores deste universo e no olhar da observadora. A presença desta pareceu ser mais perturbadora para os médicos do que para as gestantes. O modo como a perturbação era expressa diferiu de acordo com o gênero do ultrassonografista. A formação médica facilitou a entrada no campo e a aceitação da pesquisa por parte de seus sujeitos e por outro lado há uma tensão quando a pesquisadora busca estranhar uma situação duplamente familiar.

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Biografia do Autor

  • Lilian Krakowski Chazan, Universidade Estadual do Rio de Janeiro
    Doutora em Saúde Coletiva pelo PPGSC/IMS/
    UERJ e bolsista FAPERJ.

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Publicado

2005-03-30

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Vestindo o jaleco: reflexões sobre a subjetividade e a posição do etnógrafo em ambiente médico. (2005). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 13(13), 15-32. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v13i13p%p