Revista Alterjor
https://revistas.usp.br/alterjor
<p>A revista Alterjor é uma publicação semestral do Grupo de Pesquisas Alterjor (ECA/USP), que tem como foco o jornalismo popular e alternativo. O primeiro termo se define pelas práticas jornalísticas realizadas em organizações do movimento social e popular, incluindo o chamado Terceiro Setor, que tenham, como objetivos centrais, o fortalecimento institucional de tais organizações e a socialização de temáticas que envolvam a defesa da cidadania e que defendam o protagonismo de segmentos sociais não hegemônicos. Já o jornalismo alternativo se conduz pelas experiências de jornalismo nas diversas mídias que tenham, como objetivo central, fomentar o debate público sobre as mesmas temáticas delimitadas na definição de jornalismo popular. Com isso, Alterjor convida o leitor a pensar sobre a viabilidade da democratização da comunicação para todos os segmentos da sociedade.</p>Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artespt-BRRevista Alterjor2176-1507<p>Os trabalhos publicados na Revista Alterjor têm como modelo da licença de no padrão Creative Commons, com obrigação da atribuição do(s) autor(es), proibição de derivação de qualquer material publicado e comercialização. Ao concordar com os termos, o(s) autor(es) cedem os direitos autorais à Revista Alterjor, não podendo ter licenciamento alterado ou revertido de maneira diferente do Creative Commons (by-nc-nd). Informações adicionais em: <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0" target="_blank" rel="noopener">creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0</a></p>O uso de equipamentos portáteis à sensação câmera do kitesurf
https://revistas.usp.br/alterjor/article/view/222351
<p>O uso de câmeras portáteis para capturas de imagens de esportes radicais possibilita gerar impressões subjetivas pela densidade das tomadas que promove. Atletas portam os pequenos dispositivos como extensões do corpo à construção de planos que representam movimentos de desempenho cada vez mais próximos de aspectos da ordem da realidade. Portanto, investigar sobre as relações do homem com os aparatos tecnológicos pode contribuir para a compreensão de como esses resultados são apresentados no cinema contemporâneo, mais especificamente no gênero documental. Para isso, este artigo relaciona o procedimento empírico ao aporte teórico da comunicação, da tecnologia e do cinema, norteado por autores como Marshall McLuhan, Marialva Barbosa, Álvaro Vieira Pinto e Arlindo Machado. Para esta pesquisa, foram captadas imagens, em julho de 2017, da modalidade <em>kitesurf</em>, com o uso de equipamentos portáteis, incluindo câmeras promotoras de imagens objetivas para captação de manobras e depoimentos e pequenas câmeras usadas para o registro de imagens subjetivas com impressão de movimento. Este esporte radical foi disseminado em diversos países e ganha adeptos no Brasil, desde sua chegada, em 2000, conquistando sua participação pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 2024, em Paris (FR). As imagens para sua análise foram geradas na vila de pescadores do Preá, município de Cruz, próximo ao destino turístico internacional Jericoacoara, no Ceará. A região é polo da prática por apresentar condições específicas para o desempenho, como a intensidade e direcionamento de vento necessários. </p>
ArtigossubjetividadeportabilidadetecnologiakitesurfKaren Sales Bortolini
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2024-02-272024-02-27729210.11606/issn.2176-1507.v29i01p72-92A imprensa alternativa no enfrentamento à ditadura no Paraná: os jornais alternativos Maria, Boca no Trombone e Nosso Tempo e as lutas políticas dos anos 1980
https://revistas.usp.br/alterjor/article/view/222016
<p>O artigo busca contribuir para o registro da história da imprensa alternativa no Paraná durante a ditadura civil-militar, com ênfase nas publicações que circularam no início dos anos 1980. A partir de pesquisa bibliográfica e documental sobre a resistência à ditadura militar instaurada no Brasil durante o período de 1964-1985, pretende-se identificar o papel da imprensa alternativa na visibilidade das demandas e bandeiras dos movimentos sociais. Com base nas características dos jornais Maria (Curitiba, 1984), Boca no Trombone (Curitiba, 1980) e Nosso Tempo (Foz do Iguaçu, 1980), são apresentados alguns elementos que compõem uma narrativa sobre lutas sociais e oposição ao autoritarismo no Paraná.</p>
ArtigosHistória da mídia alternativaditadura militarimprensa alternativaParanáKarina Janz WoitowiczMaria Helena Denck Almeida
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2024-02-272024-02-279310810.11606/issn.2176-1507.v29i01p93-108Tecendo Histórias: um bate-papo sobre paixão por rádio, pautas inclusivas e a era de ouro dos podcasts com Paula Scarpin, idealizadora da rádio novelo
https://revistas.usp.br/alterjor/article/view/220705
<p>O número de consumidores de podcast no Brasil durante a pandemia de Covid 19 atingiu índices que impressionam e atraem o mercado publicitário, mas esse aumento também fomenta esperanças de uma utilização democrática da comunicação. Em entrevista, a diretora de criação da Rádio Novelo, Paula Scarpin, fala sobre a busca constante pelo jornalismo de qualidade praticada pela produtora que, entre sugestões de pautas e uma forma própria de produção, persegue a pluralidade de vozes, cenários e histórias.</p>
EntrevistasPodcastRádio NoveloMídia SonoraEntrevistaDeyse Alini de Moura
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2024-02-272024-02-2731610.11606/issn.2176-1507.v29i01p3-16Objetividade na encruzilhada: giro decolonial e epistemologia de Exu no fazer jornalístico
https://revistas.usp.br/alterjor/article/view/219487
<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo reflete sobre a epistemologia da objetividade no jornalismo a partir de uma perspectiva decolonial, especificamente considerando a cosmologia de Exu, no contexto da infocracia neoliberal e algorítmica. A objetividade tem sido ensinada como um princípio central da prática jornalística, permitindo ao jornalismo se legitimar como um pilar da modernidade. No entanto, argumentamos que a epistemologia positivista subjacente ao jornalismo perpetua a produção de conhecimento a partir de bases coloniais, patriarcais e da branquitude. Embora epistemologias alternativas tenham sido exploradas no campo do jornalismo, ainda são escassas na academia, nas salas de aula e nas redações. Propomos aprofundar o diálogo com teorias decoloniais do jornalismo e contribuir para o debate sobre a epistemologia de Exu na comunicação. A filosofia positivista da objetividade tem sido instrumental na manutenção das estruturas de poder, na reprodução de violência e na supressão de vozes marginalizadas. Ao analisar as limitações da objetividade e abraçar a epistemologia de Exu, este artigo fomenta reflexões críticas sobre a comunicação jornalística e incentiva uma mudança decolonial na produção de conhecimento.</span></p>
ArtigosEpistemologiaExuJornalismoDecolonialidadeLucas Arantes Zanetti
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2024-02-272024-02-2710913610.11606/issn.2176-1507.v29i01p109-136Entre telas, jogos e plataformas digitais: estudo de caso do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão)
https://revistas.usp.br/alterjor/article/view/219184
<p>Este artigo tem como objetivo a descrição do processo de multiplataformização do SBT em um cenário de transformações do mercado televisivo brasileiro, a partir da interação entre emissora e <em>YouTube</em>, iniciada em 2008. Nesse estudo de caso, a “cultura da convergência” (Jenkins, 2009) foi impulsionada pelas telenovelas infantojuvenis disponibilizadas na TV aberta e nos canais digitais, possibilitando o mapeamento das narrativas transmídia criadas. Metodologicamente, para esta apresentação, optou-se por um recorte da pesquisa etnográfica desenvolvida e privilegiou-se as informações divulgadas por veículos especializados e por plataformas digitais. Entre a tradição e a modernização, o SBT elucida fluxos e refluxos comunicacionais da sociedade contemporânea hiperconectada, expressos em múltiplas telas e jogos de sociabilidade.</p>
ArtigosSBTPlataformas digitaisNarrativas transmídiaAna Claudia Fernandes Gomes
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2024-02-272024-02-27173610.11606/issn.2176-1507.v29i01p17-36